domingo, 10 de fevereiro de 2008

PERIPÉCIA


Grupo de teatro "Peripécia"


Consulte o site:


NOVECENTOS - o pianista do oceano


A partir de
“Novecentos”, de Alessandro Baricco
Pela
Peripécia Teatro
Criação e Adaptação
Ángel Fragua, Noelia Domínguez, Sérgio Agostinho e José Carlos Garcia
Interpretação
Ángel Fragua e Sérgio Agostinho, com Luís Filipe Santos (clarinete) e Tiago Abrantes (clarinete)
Direcção
Noelia Domínguez
Co-Produção
Peripécia e o Teatro de Vila Real, a partir de uma residência artística
“Novecentos” tem a espontaneidade dos contadores de histórias, à mistura com a ironia dos entertainers, o humor inocente dos clowns e a versatilidade dos transformistas. A história, com um divertido jogo de actores ao melhor estilo da Peripécia, é contada com a cumplicidade de dois clarinetistas, que interpretam ragtime e dixieland e têm ainda a seu cargo algumas personagens. “Novecentos” é um pianista excepcional que vive a bordo do Virginian – um paquete dos princípios do século XX. Foi encontrado naquele navio com apenas alguns dias de vida. Ali cresceu, adoptado e educado pela tripulação, sem nunca pisar terra, até ser descoberto a tocar com espantoso virtuosismo o piano do salão de baile. Nascia assim a lenda do pianista do Oceano, que em toda a sua vida nunca viria a descer do navio.
No TMVR

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Carnaval de Vinhais

O Carnaval é uma festa especial em Vínhais quer para a juventude, quer para os menos jóvens que ainda gostam de folia! Sem qualquer dúvida uma das etapas que agrada a uns e outros é a de Domingo Gordo! É que nesse dia há refeição melhorada, com toda a espécie de carnes de porco: o pernil cosido, o palaio, a orelheira, a chouriça de boche, o toucinho, tudo acompanhado de couve penca, batatas e "cascas" (vagens de feijão grado, secas e depois demolhadas) e, em algumas casas um pouco de arroz. Na segunda feira, depois da difícil digestão, há, normalmente, uns bailaricos em associações culturais. Na terça feira sai à rua "a Morte e o Diabo" e as moçoilas ficam no cativeiro todo o dia, salvo se um dos atrevidos Diabos a consegue arrancar de casa para a levar "à Pedra". A Morte e o Diabo são indivíduos que se vestem com fatos de macaco, pintam com tinta branca o esqueleto humano visto pela frente e por trás e tapam a cara com máscaras em forma de caveira, parecendo a Morte; empunham uma gadanha e são acompanhados por tres ou quatro Diabos; Este, o Diabo, veste se de fato de macaco vermelho, com capuz e máscara do mesmo pano com os respectivos chifres e cauda comprida. Empunham uma correia ou um cordel grosso, com que, amavelmente batem nas pessoas que encontram. Por vezes percorrem os bairros e confraternizam com quem os recebe. Mas a festa principal da Morte e do Diabo, é tirar de casa as meninas que, por vezes se juntam às cinco e seis para os desafiar, encasteladas em varandas ou janelas o que torna a empreitada difícil. Porém, uns através de engenho e arte, outros com a cumplicidade de familiares das moças que entram na brincadeira e entregam as vítimas ao Diabo, na maioria das vezes namorado e, ainda outros que podem custear as despesas de arrombamento de portas e janelas, acabam por levar à Pedra, situada no Largo principal da Vila O Arrabalde meia dúzia de moçoilas que são ajoelhadas e acariciadas com o "chicote" do Diabo e da Morte. Elas acabam por se sentir honradas com a preferência da escolha! Entretanto, há as rivalidades e os ciumes, quando determinado Diabo tenta trazer à Pedra a namorada de um outro Demónio. Então aí, embora não haja vias de facto, há no entanto a ajuda deste às moças e o estorvar da acção do outro rival! E o povo que assiste a estas cenas vive momentos de euforia!





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Em Vinhais, em dia de Quarta-Feira de Cinzas, um grupo de rapazes transformam-se em verdadeiros diabos. O traje vermelho com máscara incluída dão o ar atrevido e assustador necessário à credebilidade destas personagens possessas. Eles correm pelas ruas a perseguir quem se cruza com eles.
Os diabos, acompanhados por outra figura mascarada, a Morte, escolhem como vitimas preferidas as mulheres e raparigas que chegam a ser agarradas, se necessário dentro da casa das próprias, a fim das vergastar com um chicote de corda.
A Morte, com o seu fato negro e de rosto mascarrado segura uma gadanha na mão, vagueia em silêncio pelos caminhos de Vinhais e sempre que encontra um habitante obriga-o a ajoelhar-se perante si e a beijar a gadanha.
É uma tradição que tem sofrido o passar dos anos e tem demostrado um carácter mais controlado e de maneiras mais correctas, e o ritual de punição e correrias já não é tão temido como antes. Os assaltos, as perseguições e os açoites animavam e caracterizavam o ritual animalesco e desinibido.

CANDIDATURA DE PATRIMÓNIO IMATERIAL GALEGO-PORTUGUÊS




Os Caretos de Podence estão a elaborar, conjuntamente com a Galiza, uma candidatura a Património Cultural Imaterial Galego-Português.

CARNAVAL GENUINO

(clique para ampliar)

Carnaval


Em Chaves não há tradição de Entrudo nem de Carnaval. Os flavienses deslocam-se a Verin, na Galiza , para festejar o ENTROIDO com os seus irmãos galegos.

"Desde a Gallaécia, ou seja – desde sempre, que Trás-os-Montes e a Galiza mantêm uma relação muito estreita, principalmente os concelhos da raia, como neste caso o Concelho de Chaves e todos os Concelhos Galegos com que fazemos fronteira. Mas entre a cidade de Chaves e Verin, além da relação, sempre houve amizades e cumplicidades, que nem sequer Salazar e Franco tiveram força para as silenciar ou anular.

Uma das relações de sempre foi a troca de “galhardetes” nas festas. É conhecida a invasão de Galegos na nossa Feira de Santos, tal como é conhecida a nossa invasão ao Lázaro de Verin, mas nos últimos anos, cada vez mais, os flavienses também invadem todas as festividades do Entrudo (Entroido) de Verim, onde, aí sim, ainda se vai mantendo a tradição, embora os desfiles já sejam um misto de Entrudo e Carnaval.

Franco proibiu os festejos de Entrudo e dos mascarados, que são o principal atractivo do Entroido e que dão pelo nome de Cigarróns e Peliqueiros. Cigarróns cuja origem se pensa remontar à idade média e que em toda a Galiza só em Xinzo, Laza e Verin existem, com mais importância em Verin. Tanto assim é, que em Espanha, o Entroido de Verin e os Cigarróns são considerados de interesse turístico nacional.



Mas quem são os cigarróns? – São naturais que vestem a rigor, vestimentas compostas de bordados, lenços e outros adereços, com muita cor. A vestimenta dos cigarróns é igual para todos, incluindo o desenho da face da máscara, a única diferença que se encontra entre cigarróns e que os diferencia, é o desenho de um animal na parte superior da máscara. Mas o rigor da vestimenta, manifesta-se também no rigor de admissão de novos cogarróns e nas regras entre eles e a população em geral:
“Os Cigarróns e Peliqueiros piden pola rúa perseguindo a xente, pero non poden falar. Non se lles pode tocar. Visten camisa, gravata, chaquetiña de seda, calzóns con volantes, carauta de madera tallada e gorro de follalata decorado con debuxos de animais e unha pelica detrás.
Os Volantes de Chantada levan campaíñas, no cinto, que fan sonar.”

Fonte:

História das Freguesias do Concelho de Vila Real


Trata-se de uma obra do mais completo e sério que jamais se fez sobre estes temas”, salientou Caseiro Marques, referindo-se ao trabalho do seu autor, Ribeiro Aires. A obra nasceu pela mão do director do NVR, que alimentava a meta de “chegar às pessoas do meio rural, motivando-as para a leitura e tendo como pano de fundo a ideia de as levar, numa viagem, aos lugares de memória das freguesias do concelho de Vila Real”. Juntou-se-lhe a disponibilidade do autor Ribeiro Aires e, assim, ganhou vida o projecto “Ler Mais”. “Foi um trabalho árduo, sério e muito difícil para o doutor Ribeiro Aires e para mim próprio”, explicou Caseiro Marques. “Ambos percorremos todas as aldeias desde a bonita Guiães ou Abaças, passando por Lamas d’Olo e Agarez”, disse. “Quantas vezes, às oito da manhã, com o frio e a chuva de Inverno, já estávamos em Galegos, em Sirarelhos ou em Gache. E, no pino do Verão, na Campeã ou em Torgueda”, relembrou Caseiro Marques, dizendo, em tom de brincadeira, que chegaram a assistir a “seis missas por dia em terras diferentes para distribuir o jornal”. A recolha de dados, informações, fotografias e outros documentos pelas diferentes freguesias deu origem aos suplementos publicados quinzenalmente no NVR durante cerca de dois anos. Da sua compilação nasceu a História das Freguesias do Concelho de Vila Real. O autor desta obra de referência, Joaquim Ribeiro Aires, acredita que “qualquer um gostaria de ter escrito esta obra” e lembrou que o livro foi feito a quatro mãos: a dele próprio, a de Caseiro Marques, a de Helena Lobo, responsável por toda a parte gráfica, e a de Ana Moreno, que fez com ele toda a revisão do texto. Ribeiro Aires mencionou ainda o nome do Padre Parente, a quem agradeceu pela sua contribuição nomeadamente através da cedência de vários documentos. O autor sustentou que “foi necessário regressar ao local do ‘crime’ por diversas vezes”. “Quando comecei a escrever para os suplementos, escrevia para uma espécie de reportagem, não registava tudo em detalhe”, explicou. Desde Setembro de 2006, Ribeiro Aires voltou a passar por todos os locais que antes havia palmilhado. Para o autor, esta é uma história porque “evoca o passado das freguesias mas não esquece os tempos actuais”. “Não é uma história acabada”, garantiu, acrescentando que “há sempre novas descobertas a fazer e haverá sempre quem as revele”. Ribeiro Aires referenciou ainda outros autores a quem foi “beber” informação.

Gregor Wollny

Gregor Wollny, talentoso intérprete de pantomina e comédia, sai de Berlim e põe o pé onde nenhum homem pisou antes. Tem coisas a dizer, mas não desperdiça palavras com isso. Ele sabe que se o discurso é valioso como a prata, o silêncio é de ouro. Assim, quando transforma um simples metro de carpinteiro em animais e borboletas, não é o único a ficar sem palavras. Este tipo revela a grandeza das coisas na sua simplicidade. Oscila entre a anarquia infantil e o charme de um artista de vaudeville à moda antiga. Como todos os palhaços, luta com a perversidade de objectos inanimados. A exuberância inventiva de Gregor Wollny tem de ser vista: é muito, muito engraçada.

01-Fev Pequeno Auditório 22:00 (TMVR)