domingo, 30 de novembro de 2008

Marquês de Vila Real - a propósito da Restauração




Armas dos Condes, Marqueses e Duques de Vila Real e Duques de Caminha.


O título de Marquês de Vila Real foi instituído por carta do Rei D. João II de Portugal de 1 de Março de 1489, em benefício de D. Pedro de Menezes. O título sucedeu ao de Conde de Vila Real, que havia sido criado em 1424, por D. João I, a favor de D. Pedro de Menezes, avô do anterior. Os Marqueses de Vila Real foram também titulares dos Condados de Ourém, de Alcoutim e de Valença. O 5º Marquês recebeu o título de Duque de Vila Real. Já os 6º e 8º marqueses receberam o título de Duque de Caminha de Filipe IV de Espanha (Filipe III de Portugal).
O 7º marquês de Vila Real - D. Miguel Luis de Meneses, 2º Duque de Caminha - entrou numa conjura contra
D. João IV, supostamente por obediência filial. Todavia, descoberta a rebelião foram presos todos os fidalgos que nela tomaram parte, tendo à frente o arcebispo-primaz D. Sebastião de Matos Noronha. De nada serviram as súplicas para que fosse perdoado D. Miguel Luis de Meneses. Morreu, como os outros conjurados, no dia 29 de Agosto de 1641, degolado num cadafalso erguido no Rossio de Lisboa, depois de ter estado preso em S. Vicente de Belém.
Por ausência de descendência directa do último marquês, o título foi extinto, sendo sua representante a
Marquesa de Vagos, Maria Mafalda da Silva de Noronha Wagner.
Não obstante, o título continuou em Espanha, com a designação de Duque de Camiña e Grandeza de Espanha (23.3.1660), e está hoje na Casa dos Duques de Medinaceli.
O
Condado de Vila Real foi recriado pelo Rei D. João VI, por Decreto de 3 de Julho de 1823, a favor de D. José Luís de Sousa Botelho Mourão e Vasconcelos.

Casa da Bica de Gondesende - Bragança


História da industria das sedas em Trás-os-Montes

A História da Indústria das Sedas em Trás-os-Montes(Volume I e II em caixa)
Fernando de Sousa
794 pp. em dois volumes, 2006,
ISBN: 978-972-36-0785-7(Preço Venda: 65 euros)
Preço de saldo: 32,50 euros
Para além da história da Indústria das Sedas em Trás-os-Montes propriamente dita e das fontes que se publicam, este trabalho é ainda enriquecido com as biografias das personalidades e técnicos que tiveram uma influência ou papel relevantes na mesma; igualmente se publica uma cronologia respeitante à indústria das sedas em Trás-os-Montes; um glossário da indústria das sedas, para melhor compreensão do vocabulário utilizado ou constante das fontes publicadas; e, finalmente, uma recolha de poesias relativas à amoreira, ao bicho da seda e à referida actividade económica daquela região.


«De entre todas as manifestações da actividade que distinguem, com um traço acentuado, na terra portuguesa, os filhos de Trás-os-Montes, é digna de arquivar-se e justo que se ponha em destaque a sua predilecção pela cultura da amoreira e, consequentemente, a sua dedicação e o seu gosto, o seu cuidado meticuloso na criação do bicho da seda e, ainda, como conclusão efectiva, o brilho que deram à fabricação de sedas.» (Silva Esteves, A Industria das Sedas em Traz-os-Montes, in Illustração Trasmontana, 2º ano, 1909).

Restauro de livros


A Biblioteca Municipal de Vila Real promove regularmente, a partir do dia 12 de Novembro, um atelier de restauro e conservação de livros antigos. “A minha turma salva um livro” é uma actividade dirigida a crianças do Ensino Básico que visa divulgar a importância da conservação dos livros como fonte de memória e património literário. “A minha turma salva um livro” é uma actividade prática, com as crianças a participarem no processo de manutenção dos livros do Fundo Antigo da Biblioteca Municipal, desde a limpeza à catalogação e ao acondicionamento no depósito de conservação.
Pretende-se que, neste atelier, os alunos aprendam os conceitos fundamentais de preservação a que os livros centenários são submetidos. Desta vez, os “pequenos restauradores” têm a oportunidade de manusear com todo o cuidado duas primeiras edições dos sermões do Padre António Vieira, justamente numa altura em que se comemoram os 400 anos do seu nascimento. Grande parte do Fundo Antigo da Biblioteca Municipal de Vila Real resulta dos acervos dos Conventos de São Francisco e de São Domingos, extintos em 1834. Cinco anos mais tarde, é criada a Biblioteca Pública de Vila Real, uma das mais antigas do País. No seu novo edifício, inaugurado em 2006, a Biblioteca reúne já perto de 50 mil livros

IGREJA DE S. DOMINGOS - Vila Real

Está patente ao público no Museu da Vila Velha, entre 29 de Novembro de 2008 e 10 de Janeiro de 2009, a exposição “Igreja de São Domingos/Sé de Vila Real”.
Trata-se de uma exposição, organizada pelo Teatro de Vila Real, onde se exibem imagens das obras de restauro a que a igreja de São Domingos foi sujeita, obras essas que terminaram em 1954.

VARDANYAN STRING QUARTET


O Vardanyan Quartet foi formado em 2005 no Royal College of Music, de Londres. Em Maio de 2006 foi seleccionado para representar aquela escola londrina numa competição entre colégios. Em 2007 o ensemble foi convidado por Bernard Haitink para uma série de concertos na Suíça. De lá para cá tem actuado e representado a instituição britânica em diversos concertos internacionais.

Astghik Vardanyan (Arménia): violino Raja Halder (Índia): violino Arun Menon (Inglaterra): viola Steffan Rees (Inglaterra): violoncelo

Concerto integrado na edição de 2008 do Harmos Festival
29-Nov Pequeno Auditório 22:00

SAMARDÃ

Samardã I 30 de Novembro de 2008

Samardâ II 30 de Novembro de 2008

sábado, 22 de novembro de 2008

Aritmética emocional


De
Paolo Barzman
Intérpretes
Susan Sarandon, Gabriel Byrne, Max von Sydow, Christopher Plummer, Roy Dupuis
País de origem
Canadá
Ano
2007
Género
Drama
Em 1945, Jakob Bronski, um jovem detido num campo de concentração, acolhe e protege duas crianças recém-chegadas: Melanie e Christopher. As circunstâncias facilitam a criação de um forte laço de amizade entre os três. 40 anos mais tarde, Melanie (Susan Sarandon) é uma mulher graciosa na casa dos 50 com o casamento em perigo devido à instabilidade emocional. Inesperadamente, Melanie descobre que Jakob (Max von Sydow) – que pensava ter sido morto em Auschwitz – está vivo e convida-o para uma visita à sua casa de campo. Jakob acede ao convite e faz-se acompanhar por Christopher (Gabriel Byrne), o seu amigo de infância. Christopher nunca confessou o seu amor por Melanie, nem tão pouco o esqueceu. Inevitavelmente, todos são obrigados a confrontarem-se com os terríveis fantasmas do passado num difícil jogo de emoções. A vencedora de um Óscar Susan Sarandon destaca-se com um desempenho notável neste filme de Paolo Barzman com um elenco de luxo do qual fazem parte também Gabriel Byrne, Max von Sydow, Christopher Plummer e Roy Dupuis.
Duração: 99 minutos
Cineclube.
Cinema sem pipocas.
Organização GACU / Teatro de Vila Real
24-Nov Pequeno Auditório 22:00

Tocar as coisas da memória


Acaba amanhã!


“Tocar as coisas da memória” no Museu da Vila Velha
Será inaugurada, no dia 12 de Novembro, pelas 21h30, no Museu da Vila Velha a exposição “Tocar as coisas da memória”. Trata-se de uma exposição itinerante, que visita Vila Real fruto da parceria estabelecida entre a Câmara Municipal e o Secretariado Diocesano da Educação Cristã.
Comissariada por Nuno Higino, exibem-se na exposição desenhos e esculturas da autoria do mestre José Rodrigues, fundador da Cooperativa Árvore (Porto). As obras constituem-se como aproximações ao sagrado. A exposição estará patente até o próximo dia 23 de Novembro, durante o horário de funcionamento do Museu (aberto todos os dias, das 10h às 12h e das 14h às 19h.

domingo, 16 de novembro de 2008

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

"É necessário resistir" Graça Morais


No Verão passado, Graça Morais não teve descanso. Refugiou-se no silêncio do seu ateliê de Trás-os-Montes e, de manhã à noite, trabalhou, concebendo um conjunto de pinturas e desenhos que corporizam, de novo, os corpos das mulheres da sua região e, principalmente, o rosto esguio, belo, da sua mãe, Alda, que simboliza, na obra da artista, a Terra.
Corresponde mesmo, segundo confidenciou a pintora nesta entrevista, ao "espelho de uma personalidade intensa, própria da identidade feminina da minha região".

O resultado deste intenso, quase obsessivo, diálogo entre Graça Morais, as telas, os papéis, os óleos e os pastéis é a exposição que inaugura hoje, às 18.30 horas, na Galeria do Jornal de Notícias, no Porto. São trabalhos recentes que proporcionam uma perspectiva rigorosa sobre a obra daquela que é considerada uma das maiores pintoras portuguesas, que garante que "é necessário resistir e insistir com coragem, porque vivo num país com um espaço físico mental e económico muito reduzido". A mostra está patente até 14 de Dezembro.


Em que consiste esta exposição? Que temas privilegia?
Esta exposição é constituida por oito telas a óleo e 23 desenhos sobre papel. Foram realizados no meu ateliê de Trás-os-Montes e resultam de uma reflexão sobre o quotidiano das pessoas que me rodeiam, associando imagens que recolho dos média com objectos e formas da natureza.
A mulher rural ainda surge como protagonista na sua obra. Porquê? Qual a mensagem?
Estes quadros são representações de rostos humanos, máscaras que pertencem ao mundo da montanha e que vivem numa luta diária com uma paisagem rude e harmoniosa.
A sua mãe é um dos seus modelos mais frequentes. Porquê?
A minha mãe simboliza a Terra. Sinto uma grande identificação com o seu rosto, espelho de uma personalidade intensa, própria da identidade feminina da minha região.
Cria, muitas vezes, uma espécie de metamorfose entre mulher e bichos, nomeadamente gafanhotos e pássaros. Qual a relação?
Neste lugar, cohabitam, numa profunda simbiose, animais e homens. A metamorfose entre a mulher e as formas animais é sempre o resultado da transformação da matéria, está associada à memória e ao tempo.
A sua linguagem mais fiel é o desenho ou a pintura? Com qual se sente melhor, ou seja, mais autêntica?
Sinto uma relação muito profunda e imediata com o desenho. Rabiscar é encontrar imagens, é encontrar-me num jogo de descoberta, de grandes surpresas.
Como surgem os temas no seu trabalho? A guerra e a violência já foram tratadas na sua obra. Tratou-as, essencialmente, como forma de denúncia?
Estou atenta a tudo o que se passa à minha volta, seja no meu pequeno mundo, seja no planeta que habitamos e a minha pintura resulta de imagens fragmentadas dessa realidade.
A sua relação com Trás-os-Montes mantém-se? É uma relação umbilical?
Pertenço a este lugar, que, desde a infância, me marcou profundamente. Aqui, aprendi a andar, a falar, a cantar, a rezar e as primeiras letras. Também aqui comecei a despertar para o desenho. Mantenho uma relação de grande identificação com este território geográfico e afectivo.
O silêncio, o recolhimento parecem ser muito importantes, talvez fundamentais, no seu momento de criação. Porquê?
É fundamental para mim trabalhar num ambiente de silêncio e absoluta concentração na minha pintura. Nesta fase da minha actividade criativa, ter tempo e silêncio são luxos pelos quais luto com persistência.
Ser mulher/artista em Portugal é complicado nos dias de hoje?
É complicado ser artista, seja mulher ou homem. É necessário resistir e insistir com coragem, porque vivo num país com um espaço físico mental e económico muito reduzido.
O que esteve na origem da criação do Centro de Arte Graça Morais, em Bragança? Está satisfeita com os resultados/adesão do público obtidos nos primeiros meses de existência?
O Centro de Arte Contemporânea recebeu o meu nome por proposta do presidente da Câmara de Bragança, Jorge Nunes, que foi aceite em Assembleia Municipal por unanimidade. Este centro dá resposta a uma política de desenvolvimento cultural sustentável, num projecto transfronteiriço entre as cidades de Bragança e de Zamora. O êxito de público e visitantes nacionais e estrangeiros ultrapassou as expectativas mais optimistas.
Que conselhos dá aos jovens criadores?
Não dou conselhos, sugiro que desenvolvam os seus talentos inatos com muito estudo e perseverança no trabalho.
A crise afecta a arte?
Qual crise? A dos valores éticos? Nas crises económicas do passado, desenvolveram-se interessantes perspectivas de mercado, sendo as obras de arte um valor seguro de investimento.
Em termos futuros, tem já alguns projectos de trabalho?
Não gosto de falar publicamente dos meus projectos antes da sua concretização.
Como encara a questão da morte? Tem medo de morrer?
A morte é inevitável, é uma senhora que não convido para jantar !


in JN

Nordgarden

Nordgarden é um cantor e compositor norueguês oriundo de uma povoação próxima de Oslo. A sua influência primordial foi o norte-americano Bruce Springsteen. Em certa altura da sua vida, resolveu descer ao Sul e vagueou pelas ruas de Bolonha, em Itália, onde foi descoberto pela editora independente Stoutmusic.
O seu álbum de estreia, “Terje Nordgarden”, foi muito bem recebido pelos media e pelo público. Gravou em 2006 o seu segundo álbum, “A Brighter Kind of Blue”, depois de anos em tournées. A conceituada revista Rolling Stone escreveu que se trata de um álbum “maduro e convicente”.
Este registo tornou-se um marco pessoal, definindo o som de Nordgarden, e abriu-lhe as portas para actuar em diversos países. Neste Outono, inicia uma tour europeia, onde se insere o concerto no Teatro de Vila Real.
15-Nov Pequeno Auditório 22:00