terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Debate turismo


Com a intenção de analisar a evolução turística da cidade de Chaves, teve lugar no Pólo local da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) um debate organizado pelos alunos do 1º ano do curso de Turismo, com a colaboração e apoio de Xerardo Pereiro e Isabel Costa, no âmbito da disciplina de Teorias e Métodos de Investigação. De forma a conseguir uma maior informação acerca do tema, estiveram presentes duas convidadas, nomeadamente Maria de Lurdes Campos, vereadora do Turismo da Câmara Municipal de Chaves, e Manuela Carvalho, empresária no sector da restauração nesta cidade, que deram contributos fundamentais ao debate.

Em destaque estiveram os factores que tendem a proporcionar o desenvolvimento turístico em Chaves e os principais pontos de atracção turística, nomeadamente as termas, alguns hotéis, a gastronomia presente em muitos bons restaurantes do concelho e, ultimamente, a melhoria das vias de comunicação. Lugar de realce foi reconhecido ainda à história da cidade, em constante processo de (re)descoberta.

Com a ajuda das convidadas presentes no debate, foi possível identificar também alguns pontos mais débeis do Turismo em Chaves e sugeridas formas de os minimizar. Por exemplo, foi posta em evidência a necessidade de criar outros atractivos para os turistas de camadas mais jovens.


fonte: Noticias de Vila Real

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Festas são as de Natal


Na quadra do Natal entra-se no ciclo dos doze dias solsticiais, com o expoente máximo das festividades mais autênticas: as festas dos rapazes, de Santo Estêvão, do Menino, do Ano Novo e dos Reis.

Estas festividades sucedem-se um pouco por todo o Nordeste Transmontano, cristalizando vidas de ritos ancestrais, apenas com algumas variantes de terra para terra. De facto, a comunidades rurais do Nordeste comungam vários traços, nomeadamente, os mascarados, os moços, um “rei” e dois “vassais”, os mordomos, os gaiteiros e ao tamborileiros; a participação da população; a associação e integração de rapazes no contexto festivo; a refeição colectiva; as provas de resistência física, a ronda ou visita aos moradores da aldeia, os peditórios e as ofertas ao santo; as sanções sociais: comédias e loas (são discursos satíricos, de crítica social, que têm por finalidade pôr a nu condutas individuais ou sociais) e a musculada galhofa. Durante este período, os rapazes solteiros dirigem a vida na aldeia.

A festa, com origem nos rituais pagãos do solstício de Inverno, celebra o início de um novo ciclo agrícola, com os dias que começam a ficar mais longos, e, para a rapaziada significa também a passagem para a idade adulta.

A festa começa logo de madrugada, com o gaiteiro que acorda toda a aldeia com a sua gaita-de-foles. Os mordomos, responsáveis pela organização da festa, percorrem as ruas visitando todos os vizinhos. Depois, aparecem os “Caretos”, criaturas estranhas vestindo trajes bizarros, com chocalhos e fitas penduradas, e exibindo máscaras diabólicas. Dançam, pulam, rodopiam e fazem uma enorme algazarra. Hoje tudo lhes é permitido e, por detrás da máscara, que lhes protege a identidade, cometem os maiores impropérios, assustam as criancinhas e atormentam todos os presentes, se bem que as raparigas são sempre os alvos preferidos. Só são carinhosos com os mais velhos. Sem qualquer cerimónia, invadem as casas onde roubam chouriços, morcelas, carnes de fumeiro, figos secos e pão para juntar à festa. Reunidas todas as iguarias, passa-se ao banquete arrojado.

“O esoterismo da cultura transmontana… as grandes fogueiras do Natal… o louvor ao Sol… o pagão da antiguidade e o cristão do Nascimento”Apesar das tradições de Natal em Trás-os-Montes se terem também adaptado aos tempos modernos, muitos outros símbolos da época natalícia se mantém ainda nesta região. Um exemplo disso são as “murras” ou as fogueiras de Natal.

A “murra” é um gigantesco canhoto de carvalho, castanho ou negrilho que arde noite fora no largo principal de algumas das aldeias trasmontanas e representa a coesão de uma comunidade rural, que festeja na rua o verdadeiro sentido do Natal.

Crianças, adolescentes, adultos e idosos convivem pela noite dentro à volta das fogueiras, consolados pelo calor das conversas e pela desmedida comida e bebida. Na verdade, só é feito um intervalo para assistir à “Missa do Galo” ao som da meia-noite.

Segundo Alexandre Parafita, em aldeias do concelho de Miranda do Douro, o empenho em arranjar um cepo enorme era tal, que chegava a haver fogueira para quatro dias.Por seu turno, no concelho de Mogadouro, o bocado que sobrasse da noite de Natal era feito em cavacos e vendido. Em Vinhais guardam-se os tições do Natal para todo o ano, pois, segundo a tradição, onde o fumo chegar não caem raios ou faíscas.

Em suma, as fogueiras de Natal são um dia único no ano, pois esquecem-se desavenças, as pessoas unem-se na procura de grandes troncos, rivalizam pela grandiosidade da fogueira com outras terras e apanham-se muitas bebedeiras, apreciadas pelas igrejas do dia seguinte.
Por:
Rui Estevinho

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Roupa velha


Roupa velha, prato normalmente confeccionado no almoço de Natal com os restos de bacalhau e couve da refeição da consoada.
Em Justes, havia muita famílias que comiam a roupa velha já na consoada. Herdei essa tradição. Porque seria? Só encontro uma explicação: numa comunidade pobre como era Justes antes da 2ª guerra, quem se daria ao luxo de abastecer a consoada com grandes postas de bacalhau? Provavelmente a dose de bacalhau da consoada seria repartida por várias refeições, com artificio da mistura da couve, que qualquer um cultivava no seu pedaço de terra.



Preparação:
Cortam-se aos bocadinhos a couve, o bacalhau e as batatas que sobraram da consoada.

Picam-se alguns dentes de alho e alouram-se em azeite.

Juntam-se as couves, o bacalhau e as batatas, mexe-se e deixa-se ao lume apenas o tempo necessário para aquecer bem.

sábado, 20 de dezembro de 2008

MY BLUEBERRY NIGHTS - o sabor do amor

De
Kar Wai Wong
Intérpretes
Norah Jones, Jude Law, David Strathairn, Rachel Weisz e Natalie Portman
País de origem
China (Hong Kong) / França
Ano
2007
Género
Do realizador de “Disponível para Amar”, esta é a história de uma mulher que após um desgosto amoroso parte numa viagem pela América. À medida que as suas feridas vão sarando, as experiências da viagem e o encontro com estranhos levam-na a novos e inesperados capítulos da sua vida, que a poderão reconduzir ao amor. Duração: 90 minutos Cineclube. Cinema sem pipocas.
Organização GACU / Teatro de Vila Real
22-Dez Pequeno Auditório 22:00

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

DIE MIMUSEN


Algures entre Buster Keaton e Mr. Bean, entre o mimo e o clown, os Mimusen (Alemanha) perseguem-se no palco a uma velocidade de fazer partir o pescoço ao espectador. Excêntricos e adoráveis, com um humor inteligente e poético e um sentido de timing de tirar a respiração, Klaus Franz e Marc Bockemühl trazem para o palco uma nova forma de comédia visual. O seu trabalho lembra-nos os anos vinte e os tempos do cinema mudo. Têm realizado espectáculos por toda a Alemanha e pela Inglaterra, Holanda, França e Estados Unidos.
19-Dez Pequeno Auditório 22:00

domingo, 14 de dezembro de 2008

Pitos

Ao contrário da maioria da doçaria regional que teve berço "conventual" os pitos, que a tradição manda comer no dia de Santa Luzia, tiveram criadora de origem rural e humilde, na aldeia de Vila Nova, em Vila Real, embora de "fábrica" igual à daqueles.

Foi uma moçoila dali que os "inventou" quando foi servir para o Convento de Santa Clara, onde tomaria o hábito depois dum noviciado entre a cozinha e o apoio aos pobres e doentes a que a Ordem, na sua misericórdia e caridade infinitas, dava guarida de hospital.
Maria Ermelinda Correia, de seu nome de baptismo, depois irmã Imaculada de Jesus, era deveras gulosa. Foi este defeito que levou a família a pedir a graça da clausura na esperança de lho transformar em virtude.Conhecendo-lhe o "pecado", a penitente abstinência que lhe impuseram foi por isso mais forte, e por tal mais redentora, o que lhe agravava o mal e aumentava o padecimento. Na resignação e força da fé lá resistiu às investidas dum estômago ávido de coisas boas e doces. Não tinha acesso às muitas iguarias que se faziam no Convento, pois eram feitas mais para fora e para as mesas de festa das irmãs regulares.
E se no intervalo dum silêncio de "regra" conventual falava de doces, a resposta de advertência era sempre a mesma: "nem vê-los", dizia-lhe a madre superiora.Na sua inocência, e começando a percorrer os caminhos da Fé e da Doutrina para o noviciado, tornou-se devota acérrima de Santa Luzia, orago dos cegos e padroeira das coisas da vista.
Não se sabe hoje ao certo o tempo e a razão desta arreigada crença. Os documentos consultados não o registam com evidente certeza. Tanto pode ter sido porque a madre superiora via muito mal, capacidade agravada na escuridão da clausura conventual, ou pelo agradecimento da ideia que lhe ocorreu para conseguir satisfazer, nos amargores do pecado, a doçura dos momentos escondidos.
Foi assim que os pitos de Santa Luzia lhe foram consagrados, e como tal testemunha a festa que ainda nos dias de hoje, a 13 de Dezembro, na capela de Vila Nova às portas da cidade, mantém a tradição.
E como apareceram os pitos?
A ainda Ermelinda, aspirante a irmã Imaculada de Jesus, tendo ouvido a história do Milagre das Rosas, ao orar a Santa Luzia teve uma visão que lhe aplacou a alma num milagre de doces esperanças.
Naquela manhã fizera o curativo a uns quantos enfermos. Na maior parte dos casos foram feridas, contusões e inchaços nos olhos. O remédio daquele tempo eram os "pachos de papas de linhaça".Eram uns quadrados de pano cru onde se colocava a papa, dobrados de pontas para o centro para não verter a poção. A pequena "almofada" era depois colocada, como um penso, no ferimento.
Foi a sua redenção. Correu à cozinha e fez uma massa de farinha, pois a pouco mais tinha acesso, e cortou-a em pequenos quadrados. Não tinha doce mas, tendo guardado religiosamente o cibo de açúcar que lhe cabia em ração, fez uma compota de calondro (abóbora). O tacho ao lume poucas suspeitas levantava. As cascas e sobras só lembravam o pouco uso que tinha no caldo e o muito na engorda do gado. E a massa escurecida pelo ponto do açúcar não mais do que a linhaça da mézinha, que se quer cozida.
Dobrou a massa por cima da compota, à imagem dos "pachos", e cozeu-os no forno sempre quente a qualquer hora do dia. Despachou-se em seguida a escondê-los debaixo do catre da sua cela.
No caminho cruzou-se com a Madre Superiora. No meio da escuridão a abadessa pergunta-lhe o que leva no tabuleiro. A velha senhora ainda empina o nariz para ver se o adivinha pelo cheiro. Diz-se que na falta de um ou outro sentido os restantes se apuram, mas nesta apenas o ouvido era de tísica.
A resposta, depois de um primeiro engasgar, soltou-se logo. Era tudo em nome das duas santas, a da "receita" e a das rosas, imitadas nesta aspiração de ser igual quando se professa e toma hábito e voto:
"São pachos de linhaça Irmã Madre... para os meus doentinhos que amanhã virão".
Dali para a frente, e já Irmã Imaculada de Jesus, fez sempre que podia, houvesse ou não olho tumefacto, gretado, remeloso ou negro de um qualquer sopapo de briga de feira, os "pachos" de abóbora.
Não eram muito agradáveis à vista mas, ao menos, satisfaziam-lhe a gula e calavam na profundeza da alma o pecado que não sentia porque, comendo-os na escuridão da cela e da noite, sabia, porque o tinha ouvido dizer, que "do que não se vê não se peca".
Da evolução dos pachos de abóbora para os pitos que no dia de Santa Luzia se celebram, não rezam as crónicas consultadas, e outras não há que o confirmem ou desmintam.
Vá lá a gente saber o porquê de uma história que, tendo origem tão santa, se vê, talvez na lucobricidade dos Homens, transformada num ritual de trocas e promessas. O pito é dado a quem, de outro santo e outro doce - as ganchas de S. Brás - a deram antes para receber aquele agora.




Pitos de Sta Lúzia - receita



Ingredientes: Massa : Farinha; Água; Sal; Ovos. Recheio: Abóbora; Açúcar; Canela.

Mistura-se a farinha, os ovos, o sal e a água até obter uma massa consistente. Forma-se uma bola com a massa, polvilha-se com farinha e deixa-se a massa a descansar. Durante o tempo de espera, prepara-se o recheio. Coze-se a abóbora e passa-se pelo passe-vite. A este puré é adicionado o açúcar e a canela. Estende-se a massa com o rolo e cortam-se os quadrados de massa, colocando- se no centro destes uma colher de recheio. Juntam-se os cantos do quadrado formando uma trouxinha. Levam-se ao forno num tabuleiro polvilhado com farinha.


Enquadramento histórico: Os pitos de Santa Luzia foram inventados por Ermelinda Correia, que veio a ser mais tarde a Irmã Imaculada de Jesus, natural de Vila Nova em Vila Real.

Esta rapariga tinha um defeito: era muito gulosa. Este facto obrigou seus pais a enclausurarem-na no convento de Santa Clara, na esperança de transformar o pecado em virtude. A Irmã Imaculada tornou-se devota de Santa Luzia, padroeira dos cegos e das coisas da vista. Um certo dia estava a irmã aplicar os curativos nos seus doentes (feridas, contusões e inchaços nos olhos), com uns pachos de linhaça, que eram uns quadrados de pano cru onde se colocava a papa, dobrando as pontas para o centro para não verter a poção - usados como pensos para os ferimentos, quando de repente teve uma visão. Correu para a cozinha e fez a massa de farinha e água e cortou-a em pequenos quadrados. Tinha consigo o cibo do açúcar que lhe cabia na ração, e fez uma compota de abóbora. À imagem dos pachos dobrou a massa por cima da compota e levou ao forno a cozer. A seguir despachou-se a esconde-los, pois estava proibida de ser gulosa. A caminho cruzou-se com a madre superiora que era cega. A madre perguntou desconfiada, o que leva no tabuleiro, cheirando o perfume adocicado a Irmã Imaculada, apressa-se a responder que são pachos de linhaça para os doentes do dia seguinte. À noite na cela, a irmã Imaculada sossegou a alma, e não sequer se sentia culpada, pois sempre ouviu dizer que "do que não se vê, não se peca" .
Época de Confecção: Todo o ano como especialidade. O dia 13 de Dezembro consagra à Irmã Imaculada de Jesus a criação destes doces regionais, e ainda hoje é celebrada esta tradição, na capela de Vila Nova.

STA LUZIA - Penelas, Vila Real

HISTÓRIA DE SANTA LUZIAO pai de Santa Luzia morreu cedo e a mãe, EUTíCIA, tratou de a casar com um cavalheiro rico, mas pagão. Ela não queria casar e foi atrasando o casamento quando pôde, com a ideia de encotrar ocasião para dissuadir a mãe .
A mãe da Santa Luzia adoeceu gravemente e gastou muito dinheiro com remédios e médicos, sem resultados .
Então Santa Luzia recomendou à mãe que pedisse com fé a Santa Águeda de Catânia e prometeram uma peregrinação ao sepulcro dela . Dirigiram-se ambas a Catãnia e a mãe voltou para Siracuza , na Sicília, inteiramente curada.Sta. Luzia conseguiu convencer a mãe de que queria entregar o seu coração a cristo, tal como Santa Águeda e a dar- lhe a dote para o repetir com os pobres.Chegou aos ouvidos do noivo notícia desta generosa distribuição e ele pôs- se a investigar o motivo desta generosidade : A fé cristã da Santa Luzia. Ficou tão aborrecido que foi acusá-la ao perfeito da cidade. Este acusou-a de ser cristã e inimiga do culto oficial.
Diante do juiz confessou ser cristã e negou-se a adorar os deuses falsos do império romano.
Quiseram levá-la para lhe fazerem mal , mas varias juntas de bois não foram capazes de a levar. Quiseram então queima-la, mas as chamas não a queimaram. Por fim mataram-na à espada.Santa Luzia é invocada por cura da doenças do olhos, desinterias e em geral de todas as hemorrogias.

CAPELA DE SANTA LUZIAA capela de Santa Luzia situava-se em Penelas. Nessa capela havia uma imagem da Santa, muito valiosa que foi roubada . Nunca mais apareceu . A capela hoje, encontra-se em ruínas.
Devido a desentendimentos entre as freguesias de Folhadela e Ermida, às quais pertence a povoação de Penelas, a Santa foi colocada na capela de S. Gonçalo, em Ermida. A festa em honra de Santa Luzia celebra-se no dia 13 de dezembro.
Nessa festa vendem-se os famosos e deliciosos Pitos de Santa Luzia

sábado, 6 de dezembro de 2008

José Rodrigues




Tocar as coisas da memória

José Rodrigues



Tocar as coisas da memória

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

COMEÇAR A ACABAR


Texto
Samuel Beckett
Direcção, Tradução e Interpretação
João Lagarto
Desenho de luz
José Carlos Gomes
Figurinos
Ana Teresa Castelo
Música
Jorge Palma
Co-Produção
Teatro Nacional D. Maria II e ACE/Teatro do Bolhão
“Começar a Acabar” é um trabalho dramatúrgico surpreendente de Samuel Beckett, que revisita as suas obras mais emblemáticas (Molloy, Malone Está a Morrer, À Espera de Godot e O Inominável). Trata-se de um exercício profundo, torturado e alucinante, onde caminham lado a lado os sonhos, o desespero e os desenganos. Um monólogo sobre a morte que traduz a frase de Beckett: “não há nada no mundo mais cómico do que a infelicidade.” “Começar a Acabar” confronta-nos com a finitude da vida mas também, paradoxalmente, com as suas imensas possibilidades, contando com uma interpretação de extraordinária e assombrosa sensibilidade de João Lagarto.
Este espectáculo valeu-lhe, aliás, o Prémio da Crítica para Melhor Actor de 2006 e o Globo de Ouro na mesma categoria.
05-Dez Pequeno Auditório 22:00

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008