domingo, 31 de agosto de 2008

Trás os Montes por Júlio Pereira


Trás-os-Montes

Este mapa é parte do registo "Miradouro - 1988". Foi desenhado por Júlio Pereira, ilustrado por Henrique Cayatte com documentação de Hipólito Clemente baseado no livro de Ernesto Veiga de Oliveira: "Instrumentos Musicais Populares Portugueses".

sábado, 23 de agosto de 2008

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

ALVAÇÕES DO CORGO


Esta freguesia teve, certamente, um povoamento remoto, anterior ao século XII, embora da localidade ainda não haja notícias nos primeiros tempos da nacionalidade.O topónimo "Alvações" provém, segundo os estudiosos, do genitivo de um nome pessoal – Avezanos – bastante vulgar, antes da nacionalidade. Deste modo, ter-se-ia uma "vila" Avezanil – Aveção – Alvação e desde o século XII ou XIII, Alvações no plural, devido ao conjunto formado por esta freguesia com outra que lhe está próxima – Alvações do Tanha. A situação administrativa e paroquial desta freguesia tem os seus inícios bastante obscuros, mas apesar de estar situada à esquerda do Corgo, deve ter pertencido à "Terra de Penaguião" e paroquialmente a S. João ou a S. Miguel de Lobrigos. A S. João de Lobrigos preferencialmente, dada a situação de padroado que a freguesia de Alvações depois apresenta. Nas inquirições de 1258, cita-se porém na paróquia de S. Miguel uma vila de Aveção (Avessam), o que não vai contra a inclusão na de S. João, porque os comissários nem sempre registavam as suas informações com rigor neste aspecto. A antiga freguesia de Santo António de Alvações do Corgo do termo de Vila Real, era vigararia da apresentação da mitra. Era sua donatária a Casa do Infantado.Esta freguesia teve, certamente, um povoamento remoto, anterior ao Século XII, embora da localidade ainda não haja notícia nos primeiros tempos da nacionalidade.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

CASA DAS PIPAS






FOTOS: Luís Prata

Casa das Pipas
Uma casa com charme cruzada com o deleite de finos néctares da Região Demarcada do Douro. No Vale do Pinhão, eis a Casa das Pipas, um empreendimento agro-turístico acabadinho de estrear. Fica dentro da Quinta do Portal. Nas redondezas, moram aldeias com fornos e pelourinhos.
É uma casa de mulheres. Manuela Pinho acolhe quem chega, atenta aos detalhes. Virou costas ao Porto cidade. A sua vida converteu-se na arte de receber. Fernanda Videira, Adelaide Almeida e Paula Rocha mal se sentem, mas andam por ali, passo silencioso, atarefadas, a tratar do casarão. A sala principal, lareira acesa, foi decorada com tons vitícolas. Os quartos (sete standart e três de topo) têm o nome de castas. As janelas estão viradas para Sul, a deixar ver a piscina que o frio afasta. Em volta do casarão, conjunto rústico-chique, o vinhedo está por enquanto nu.
Haverá quem queira aproveitar para fazer umas corridas de todo-o-terreno, empinar-se em miradouros, descobrir os "tesouros" da região (como a bem próxima estação de comboios do Pinhão). E quem esteja mais interessado em sentir o sossego, quentinho, da Casa das Pipas. As propostas, na quinta, são várias. O hóspede pode simplesmente deixar-se estar, a ver a vida passar, a ler um livro sobre a região, a ver um filme ou a cogitar frente a um jogo de tabuleiro. Ou passear entre as vinha, apreciar os trabalhos vitícolas, entregar-se às provas de vinhos.
Os proprietários, Mansilha Branco, estão há séculos ligados à produção de vinho. A primeira referência remonta a 1477, quando o Rei D. Afonso V concedeu a comenda de Oliveira a D. Afonso Mansilha. Impulsionaram o nascimento da Companhia Geral da Agricultura das Vinhas do Alto Douro (10 de Setembro de 1756), que resultou na criação da primeira Região Demarcada do mundo.
No centro de visitas, Teresa Costa explica que a sociedade Quinta do Portal integra quatro quintas: a Quinta dos Muros (com cerca de 30 hectares), a Quinta da Abelheira (15 hectares), a Quinta do Confradeiro (30 hectares) e a Quinta do Portal (15 hectares). A que está nas mãos dos Mansilha Branco há mais tempo é a dos Muros (1895). Trata de tudo, da uva à garrafa. Parece ter assumido, até à medula, o conceito de "Boutique Winery". Produz vinhos DOC Douro tintos (Auru, Quinta do Portal, Beijo d" Uva, Mural, Frontaria e alguns varietais) e brancos (Quinta do Portal, Frontaria). Tem também espumantes (Mural), moscatel (Portal e Mural) e vinhos do Porto de categorias especiais (Vintage, Colheita, Aged Twany Ports, Late Botlled Vintage, Reserve, Ruby/Twany/White e Porto Parador e Porto Alegre).
A empresa possui um dos centros de vinificação mais desenvolvido do Douro. A Quinta do Portal, morada do tal centro de vinificação, tem uma capacidade de stock de 6.500.000 litros, acompanhando criteriosamente o estágio de cada vinho. Teresa Costa mostra a gélida adega, enquanto vai desfiando dados sobre o controlo de qualidade e o processo de fabrico. A maior parte dos vinhos são produzidos em cubas de aço inoxidável com controlo de temperatura. Mas ali também se vinificam uvas de determinadas parcelas pelo método tradicional de "pisa a pé". Vinhos destinados a converterem-se em Portos Vintage ou LBV.
No aconchego da Casa das Pipas, o hóspede deve ter ainda outro aspecto em conta. A Quinta do Portal serve refeições, gastronomia regional, já se vê. Tudo muito bem regado com vinhos próprios. Pode comer em casa ou no restaurante situados a uns metros. Se houver muita gente na sala, até pode ser, como aconteceu ao PÙBLICO, que Manuela Pinho o convide para jantar numa salinha reservada...
Ana Cristina Pereira (PÚBLICO)





Integrada no projecto de enoturismo da Quinta do Portal, a Casa das Pipas distingue-se pelo ambiente ligado à actividade vinícola, bem patente na decoração dos quartos e dos espaços comuns, como a soberba sala de estar panorâmica com vista sobre as vinhas. Organizam-se provas de vinhos, visitas à adega, passeios e mesmo participação nas Vindimas. Distinguida com um prémio nacional no concurso Best Of Wine Tourism.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

domingo, 3 de agosto de 2008

sábado, 2 de agosto de 2008

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Cumieira




Na sua área foram encontrados numerosos documentos arqueológicos, confirmando um primitivo povoamento, muito remoto: mós, pipas, restos de ânforas, tijolos, moedas, etc.Aparece referida em documentação escrita desde 1139, doação feita por D. Afonso Henriques ao Mosteiro da Ermida, do couto que nesse ano instituía sobre o rio Corgo, em terras de Panóias, de frente de Lobrigos. Nas inquirições de 1258, aparece já como paróquia instituída, com o nome de Santa Eovaye d' Anduji, no julgado de Penaguião.


O lugar da Veiga teve foral concedido por D. Manuel em 15.XII.1519. Quase todos os topónimos desta freguesia aparecem documentados também a partir do séc. XII.A antiga freguesia era abadia da apresentação da mitra bracarense. Pertenceu depois ao bispado de Lamego até à criação da diocese de Vila Real.


A sua Igreja Matriz foi construída em 1729, sendo as pinturas das paredes e abóbadas (hoje desaparecidas), da autoria de Nicolau Nasoni e datadas de 1739. A fachada principal, ladeada por duas pilastras, tem ao centro a porta encimada por um nicho com a imagem da padroeira. A torre sineira é dividida em três secções separadas por "cornijas". Contém um conjunto de talha dourada barroca, muito rica e sumptuosa, principalmente a do altar-mor. Sabe-se que Nasoni trabalhou a expensas do mecenas Conde de Mateus, naquele tempo Senhor da Cumieira. Esta Igreja, de Santa Eulália, paroquial da Cumieira, é I.I.P. – Imóvel de Interesse Público – assim declarado pelo Decreto N.°8/83 de 24 de Janeiro. Existe ainda um outro I.I.P. na área da freguesia, na Adega Cooperativa da Cumieira, o Marco granítico n.º 55, da delimitação da Região Demarcada, imóvel classificado pelo Decreto N.º 35909 de 17-10-1946.
Orago: Santa Eulália.