BANDA FILARMÓNICA DA CUMIEIRA 2007
quinta-feira, 31 de julho de 2008
domingo, 27 de julho de 2008
tRÁS.OS.MONTES por Sérgio Godinho

Belo Gavião
leva esta carta
p´ra além do Marão
Meu amigo Manuel
como vai Trás-os-Montes
quase um mês, o tempo voa
como vai a tua mãe, o teu pai
teus irmãos, diz
quando voltas pra Lisboa
tua irmã ainda escreve
essas frases bonitas que li num caderno assim:
"Quem era eu sem a vida
que era a vida sem mim"
Quando foi que escrevestes
já sei, foi pra longe
já lá vão quase dois anos
Trás-os-Montes não via
detrás das paredes
nem cheirava ares transmontanos
eles: porta fechada
eu: a abrir tua carta
e uma frase a brilhar, e eu li:
"Que eras tu sem a noite
que era a noite sem ti"
Quando vieres para baixo
vê lá, tem piedade
da fome do teu amigo
já aí vi feiticeiras
rodando o suíno
traz uns enchidos contigo
em Lisboa, quisera
eu comer uma alheira
que dê pra cantar assim:
"Que era eu sem a vida
que era a vida sem mim"
E ao chegarmos ao fim
de um jantar bem regado
que o vinho, esse, eu ofereço
línguas soltas, não vai ser difícil
lembrarmos de tudo desde o começo
veloz foi a viagem, a raiva
a risada, a energia
uma vida, enfim
"Que era eu sem a vida
que era a vida sem mim"
Viemos aqui parar
capital do Império
de trás de todos os montes
e o império desfeito, viemos provando
água de todas as fontes
e a amizade é por certo
a que sempre bebemos
do trago mais longo, assim
"Que era eu sem a vida
que era a vida sem mim"
leva esta carta
p´ra além do Marão
Meu amigo Manuel
como vai Trás-os-Montes
quase um mês, o tempo voa
como vai a tua mãe, o teu pai
teus irmãos, diz
quando voltas pra Lisboa
tua irmã ainda escreve
essas frases bonitas que li num caderno assim:
"Quem era eu sem a vida
que era a vida sem mim"
Quando foi que escrevestes
já sei, foi pra longe
já lá vão quase dois anos
Trás-os-Montes não via
detrás das paredes
nem cheirava ares transmontanos
eles: porta fechada
eu: a abrir tua carta
e uma frase a brilhar, e eu li:
"Que eras tu sem a noite
que era a noite sem ti"
Quando vieres para baixo
vê lá, tem piedade
da fome do teu amigo
já aí vi feiticeiras
rodando o suíno
traz uns enchidos contigo
em Lisboa, quisera
eu comer uma alheira
que dê pra cantar assim:
"Que era eu sem a vida
que era a vida sem mim"
E ao chegarmos ao fim
de um jantar bem regado
que o vinho, esse, eu ofereço
línguas soltas, não vai ser difícil
lembrarmos de tudo desde o começo
veloz foi a viagem, a raiva
a risada, a energia
uma vida, enfim
"Que era eu sem a vida
que era a vida sem mim"
Viemos aqui parar
capital do Império
de trás de todos os montes
e o império desfeito, viemos provando
água de todas as fontes
e a amizade é por certo
a que sempre bebemos
do trago mais longo, assim
"Que era eu sem a vida
que era a vida sem mim"
Camille Pissarro


Até há pouco tempo, quando se discutia a paternidade da pintura moderna, o consenso parecia apontar para um único nome: Paul Cézanne. Nas últimas décadas, no entanto, um número crescente de historiadores de arte começou a questionar este pressuposto, olhando antes para Camille Pissarro, amigo e mestre de Cézanne, como o verdadeiro precursor da revolução que transformaria radicalmente a pintura na última metade do século XIX. Jacob Camille Pissarro, de seu nome completo, era filho de Abraham (Frederic) Gabriel Pissarro, um judeu “marrano” português, transmontano de Bragança, que ainda criança (nos finais do século XVIII) emigrara com os pais para Bordéus, onde na altura existia uma comunidade significativa de judeus portugueses refugiados da Inquisição. Camille nasceu a 10 de Julho de 1830 em St. Thomas, nas Ilhas Virgens, para onde o pai se mudara anos antes para servir de executor do testamento de um tio.
Camille Pissarro era um personagem fascinante. Amigo e mestre de Degas, Cézanne e Gauguin, Camille Pissarro era visto pelos colegas como um “patriarca” – uma figura generosa, amável e profundamente fiel às suas amizades. “Pissarro foi como um pai para mim: era o homem a quem se pediam conselhos, era como le bon Dieu”, escreveu sobre ele Cézanne. Henri Matisse chamou-lhe “o Moisés da pintura contemporânea, aquele que nos dá a Lei”; Cézanne afirmaria categoricamente: “todos nós descendemos de Pissarro.”
Anarquista convicto, Camille Pissarro não era religioso em termos formais mas, mesmo assim, nunca dissimularia o judaísmo herdado dos seus antepassados portugueses. Pelo contrário, Pissarro orgulhava-se de ser judeu.
Durante o Caso Dreyfus – o paradigma do antisemitismo que dividiu a sociedade francesa dos finais do século XIX – Pissarro, ao mesmo tempo que combatia o ódio irracional contra os judeus, sentiria na pele o antisemitismo de alguns dos seus colegas, mesmo vindo de amigos, como Degas e Renoir. Nessa altura, alguns dos seus colegas mais próximos chegariam mesmo a por em causa a sua relação de amizade, temendo “ficar contaminados” por se associarem a um judeu. “Continuar com o israelita Pissarro é ficar manchado com revolução”, escreveu Renoir, com um antisemitismo tristemente típico da época.
Na última edição da revista Commentary, o crítico de arte Dana Gordon escreve um excelente artigo de cinco páginas intitulado Justice to Pissarro, onde defende que a paternidade da pintura moderna deve ser definitivamente atribuída, não a Cézanne, mas a Camille Pissarro, o pintor descendente de judeus sefarditas de Bragança.
Camille Pissarro, L’Ermitage à Pontoise, 1867.
Camille Pissarro, Vue de ma fenêtre, Eragny sur Epte, 1886-88.
http://ruadajudiaria.com/?m=200511
Camille Pissarro era um personagem fascinante. Amigo e mestre de Degas, Cézanne e Gauguin, Camille Pissarro era visto pelos colegas como um “patriarca” – uma figura generosa, amável e profundamente fiel às suas amizades. “Pissarro foi como um pai para mim: era o homem a quem se pediam conselhos, era como le bon Dieu”, escreveu sobre ele Cézanne. Henri Matisse chamou-lhe “o Moisés da pintura contemporânea, aquele que nos dá a Lei”; Cézanne afirmaria categoricamente: “todos nós descendemos de Pissarro.”
Anarquista convicto, Camille Pissarro não era religioso em termos formais mas, mesmo assim, nunca dissimularia o judaísmo herdado dos seus antepassados portugueses. Pelo contrário, Pissarro orgulhava-se de ser judeu.
Durante o Caso Dreyfus – o paradigma do antisemitismo que dividiu a sociedade francesa dos finais do século XIX – Pissarro, ao mesmo tempo que combatia o ódio irracional contra os judeus, sentiria na pele o antisemitismo de alguns dos seus colegas, mesmo vindo de amigos, como Degas e Renoir. Nessa altura, alguns dos seus colegas mais próximos chegariam mesmo a por em causa a sua relação de amizade, temendo “ficar contaminados” por se associarem a um judeu. “Continuar com o israelita Pissarro é ficar manchado com revolução”, escreveu Renoir, com um antisemitismo tristemente típico da época.
Na última edição da revista Commentary, o crítico de arte Dana Gordon escreve um excelente artigo de cinco páginas intitulado Justice to Pissarro, onde defende que a paternidade da pintura moderna deve ser definitivamente atribuída, não a Cézanne, mas a Camille Pissarro, o pintor descendente de judeus sefarditas de Bragança.
Camille Pissarro, L’Ermitage à Pontoise, 1867.
Camille Pissarro, Vue de ma fenêtre, Eragny sur Epte, 1886-88.
http://ruadajudiaria.com/?m=200511
sábado, 26 de julho de 2008
Quiteto LA TÍPICA

Quinteto La Típica formou-se no ano de 2006. Interpreta um repertório tradicional que suscita a dança, procurando a sonoridade típica do tango, quer através da forma musical, quer da interpretação. Este espectáculo inclui um par de bailarinos. Concertos de Verão: Músicas do Mundo 2008. ENTRADA GRATUITA
26-Jul Auditório Exterior 22:30
26-Jul Auditório Exterior 22:30
Giesta
Espécie: Cytisus scoparius (L.) LINK.Família: Leguminosae
Cytisus scoparius é nativo em brejos, solos não cultivados e bosques na Europa; é uma planta familiar tanto no estado selvagem como em cultivos. O nome Cytisus vem do grego "kytisos", termo usado antigamente para descrever várias leguminosas lenhosas e scoparius vem do latim "scopa", vassoura.
Cytisus scoparius é um arbusto com ramos verdes e angulosos, apresentando diminutas folhas alternas e trímeras. Na parte superior dos ramos, flores solitárias amarelas, parecidas com as de ervilhas, aparecem na axila das folhas durante o verão. O fruto é uma vagem avermelhada. Toda a planta é tóxica.
A giesteira-das-vassouras cresce nas encostas ensolaradas, na orla das florestas, frequentemente formando matagais.
No entanto, muitas vezes não resiste ao frio no clima ce

Todas as partes da planta têm interesse farmacêutico: flores, cimeiras, sementes, raízes, mas são mais frequentemente colhidas as cimeiras. As partes mais tenras dos caules são cortadas à mão, postas a secar à sombra, cortadas depois em fragmentos mais pequenos. Entre as substâncias activas, a mais importante é o alcalóide esparteína que afecta o coração e nervos de modo semelhante ao "curare". A giesteira-das-vassouras contém igualmente glicosídeos, taninos, óleos essenciais, sucos amargos. É uma erva amarga, narcótica que deprime a respiração, regula a acção do coração e tem efeitos diurético e purgativo.
A forte toxicidade da planta leva a que raramente seja usada em medicina popular: serve principalmente de matéria-prima que permite isolar as diferentes substâncias activas. Os remédios à base de esparteína são prescritos em casos de perturbações da actividade cardíaca e da circulação sanguínea. Dilatam as coronárias e aumentam a tensão. Outras substâncias tiradas da giesteira-das-vassouras estimulam a actividade dos músculos lisos e do útero, o que é utilizado em obstetrícia. Têm também um efeito fortemente diurético. Excesso causa colapso respiratório.
Não é recomendado para mulheres grávidas ou pacientes com pressão alta. As doses e a frequência das administrações devem ser determinadas pelo médico.
As flores amarelas da planta servem de matéria-prima para fabricar um corante. Os ramos secos são utilizados para fazer vassouras (daí o nome vulgar da espécie). Planta sujeita a leis de controle como erva daninha em alguns países.
Nota: As informações colocadas nesta página foram retiradas de sites de âmbito geral.
A forte toxicidade da planta leva a que raramente seja usada em medicina popular: serve principalmente de matéria-prima que permite isolar as diferentes substâncias activas. Os remédios à base de esparteína são prescritos em casos de perturbações da actividade cardíaca e da circulação sanguínea. Dilatam as coronárias e aumentam a tensão. Outras substâncias tiradas da giesteira-das-vassouras estimulam a actividade dos músculos lisos e do útero, o que é utilizado em obstetrícia. Têm também um efeito fortemente diurético. Excesso causa colapso respiratório.
Não é recomendado para mulheres grávidas ou pacientes com pressão alta. As doses e a frequência das administrações devem ser determinadas pelo médico.
As flores amarelas da planta servem de matéria-prima para fabricar um corante. Os ramos secos são utilizados para fazer vassouras (daí o nome vulgar da espécie). Planta sujeita a leis de controle como erva daninha em alguns países.
Nota: As informações colocadas nesta página foram retiradas de sites de âmbito geral.
Caso não seja conhecedor da sabedoria popular não utilize a Giesta a não ser para fazer as "vassouras".
Urtiga

Em caso de anemia, artrite e reumatismo, no tratamento de eczemas e acne, contra a queda do cabelo e no retardamento da hipertrofia da próstata.
Caso para repensar as verdadeiras intenções de quem nos manda “ir às urtigas”.
Desde a Idade Média que as folhas são utilizadas na culinária escocesa. A acção urticante das folhas desaparece após doze horas da planta ter sido colhida, ou após fervura, pelo que as folhas jovens de urtiga podem ser consumidas cruas em salada, em omeletas, em sopas ou simplesmente cozidas, como os restantes legumes. As plantas foram ainda usadas como forragem para o gado, e as fibras extraídas dos seus eixos, à semelhança do que acontece com as fibras de linho, utilizadas para o fabrico de roupas e cordas, nesta região.
Efeitos: desintoxicante, antianémico e diurético
As folhas contêm teores elevados de clorofila, molécula vegetal de cor verde, cuja composição química é muito semelhante à da hemoglobina (transportador de oxigénio no nosso sangue) e ferro. Estes constituintes são responsáveis pelas suas propriedades desintoxicantes e antianémicas, uma vez que estimulam a produção de glóbulos vermelhos. São ainda ricas em outros sais minerais como o fósforo, magnésio, cálcio e silício, e vitaminas A, C e K. Os tricomas contêm histamina, acetilcolina e ácido fórmico, substâncias que parecem actuar como anti-inflamatórios.
Do ponto de vista terapêutico as folhas possuem uma forte acção diurética, anti-inflamatória e remineralizante, sendo ainda ligeiramente hipoglicemiantes. De uma forma geral, a urtiga ajuda o organismo a eliminar os líquidos em excesso, pelo que uma infusão (1 colher de chá de folhas secas por chávena de água quente, três a quatro vezes ao dia) pode ser útil como tratamento auxiliar em muitas doenças.
Artrite, reumatismo e gota: dosagens
Os preparados desta planta são particularmente benéficos no tratamento de infecções geniturinárias e prostatites, uma vez que ao estimular as micções, ajudam a eliminar as bactérias causadoras da infecção. A urtiga tem a capacidade de alcalinizar o sangue, facilitando a eliminação dos resíduos ácidos do metabolismo, sendo igualmente importante no tratamento de casos de artrite, reumatismo e gota. Por outro lado, como é uma boa fonte de quercetina, flavonóide que inibe a libertação de histamina, é utilizada com eficácia na diminuição dos sintomas associados às alergias e à febre-dos-fenos. Em todos estes casos, poderá optar entre a toma de 50 a 100 gotas de tintura (1:10), três vezes ao dia, ou pela ingestão de cápsulas de 250 mg de extracto de folhas, administradas também três vezes ao dia.
Folhas: anemia e hemorragia
Folhas: anemia e hemorragia
As folhas são ricas em proteínas (100 gramas de urtigas secas contêm 35 a 40 por cento de proteínas) e em vitaminas e sais minerais, e constituem uma ajuda válida no caso de anemia. Com acção vasoconstritora e hemostática, as folhas ajudam também a estancar hemorragias nasais e a aliviar menstruações abundantes, contribuindo ainda para diminuir os níveis de açúcar no sangue.É igualmente recomendada nas afecções crónicas da pele, em especial no tratamento de eczemas, erupções e acne, contra a queda do cabelo, e para limpar e purificar a pele, normalmente sob a forma de loções ou tónicos, cuja acção pode e deve ser complementada pela toma oral de suplementos à base de urtiga.
Raízes: doses recomendadas em caso de hipertrofia da próstata
Raízes: doses recomendadas em caso de hipertrofia da próstata
As raízes têm um efeito anti-inflamatório sobre o adenoma prostático, podendo ajudar a retardar o hipertrofismo da próstata. Os seus extractos actuam inibindo a enzima 5--reductase, envolvida na conversão da hormona testosterona em dihidro-testosterona, substância responsável pelo crescimento da glândula prostática nos homens com hiperplasia begnina da próstata. Recomenda-se a toma de 250 mg de extracto de raiz, duas vezes por dia, em combinação com 160 mg de extracto de palmeto (Serenoa repens).
Segurança e contra-indicações
Segurança e contra-indicações
Em geral, a urtiga é considerada segura, existindo apenas o risco de reacção alérgica. Salienta-se contudo, que pacientes com hipertensão, cardiopatias, diabetes ou insuficiência renal, podem sofrer descompensações, devido aos efeitos diuréticos da planta, pelo que a toma de extractos desta planta deve ser supervisionada por técnicos de saúde.
De onde vem a urtiga?
De onde vem a urtiga?
O nome científico da urtiga deriva do verbo latino urere, que significa arder, numa clara alusão ao efeito dos seus pêlos urticantes, e dioica ou “duas casas”, é a designação botânica dada às espécies que apresentam indivíduos exibindo apenas flores masculinas ou femininas.Urtica dioica é uma planta vivaz oriunda das regiões temperadas da Europa, África Austral, Andes e Austrália, actualmente presente em todo o mundo. Coloniza preferencialmente locais húmidos e sombrios, na proximidade de campos cultivados, e chega a atingir 1,5 metros de altura. O caule, de secção quadrada, e as folhas opostas e dentadas, encontram-se completamente cobertos de pêlos urticantes, designados tricomas, as suas flores são pequenas e verdes.
Antigamente era assim…
Antigamente era assim…
As propriedades medicinais da urtiga remontam à Grécia Antiga, onde era utilizada para atenuar os sintomas das alergias sazonais e no alívio das dores associadas às inflamações. As folhas, acabadas de colher, em aplicação tópica têm um efeito rubefaciente (causa vermelhidão da pele), e por isso, foram, em tempos, popularmente utilizadas para fustigar suavemente a pele, sobre as articulações afectadas pelo reumatismo. Produzindo-se, desta forma, um efeito revulsivo que atrai o sangue para a pele e que contribui para descongestionar os tecidos internos afectados pelo processo inflamatório. Posteriormente, preparam-se as infusões e cataplasmas para este efeito; actualmente recorre-se à toma de suplementos alimentares. Foram ainda utilizadas, de forma pouco pedagógica, contudo inesquecível, para fustigar os rabinhos das crianças, como modo de evitar que estas se descuidassem na cama.
Texto: Pedro Lôbo do Vale** médico
Texto: Pedro Lôbo do Vale** médico
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Pousada de S. Gonçalo
Lima de Freitas na UTAD


Lima de Freitas (1927-1998) junto a uma secção do painel de azulejos que criou para a reitoria da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, em Vila Real. Oficinas de azulejaria S. Simão Arte, Vila Fresca de Azeitão, 1991.
No projecto em cartão, notem-se os elementos de simbologia bíblica e maçónica que pontuam o painel, característicos das últimas décadas da sua obra. Note-se ainda a longa faixa que não se encontra no projecto inicial e foi acrescentada directamente à pintura efectuada nos azulejos.
No projecto em cartão, notem-se os elementos de simbologia bíblica e maçónica que pontuam o painel, característicos das últimas décadas da sua obra. Note-se ainda a longa faixa que não se encontra no projecto inicial e foi acrescentada directamente à pintura efectuada nos azulejos.
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azulejos,
Património construído
Modesto Navarro

Modesto Navarro (n. 1942)
Tendo iniciado a sua carreira literária nos anos 60, Modesto Navarro publicou já dezenas de títulos no campo da ficção e vários estudos e ensaios de carácter sociológico. Oriundo de Trás-os-Montes, a sua obra reflecte frequentemente uma vivência transmontana nos enredos e nos espaços de acção.
Utilizou ainda o pseudónimo Artur Cortez para assinar os policiais Morte no Tejo (1982), A Morte dos Anjos (1983) e A Morte do Artista (1984).
De Seis Mulheres na Madrugada transcrevem-se dois parágrafos:
"Por que contava tudo isso a outro homem, um desconhecido, deitada na cama? A parede desaparecera e agora via o mar, o violento mar da costa, eles sentados no paredão, os barcos a passar em fila, petroleiros e de pesca, ali mesmo à mão; bastava estenderem o braço e furavam as vagas enormes.
Nessa altura, ele pôs-lhe a mão no corpo; não se lembra se foi na perna, carne bastante dura, incólume depois de tantas violências. Sentiu isso, o homem, e resolveu beijá-la depois de lhe dizer o que ia fazer, e foi assim, sentindo os lábios, uma parte do seu corpo, do corpo de ambos, a mais desejada. Entre a cor dos olhos dela e a água quase não havia diferença. O mar estava particularmente triste, na tarde sobressaltada, e os círculos à volta dos olhos ficavam enquadrados na massa escura, misturando-se o verde do centro com os ténues revérberos de sol na água."
Tendo iniciado a sua carreira literária nos anos 60, Modesto Navarro publicou já dezenas de títulos no campo da ficção e vários estudos e ensaios de carácter sociológico. Oriundo de Trás-os-Montes, a sua obra reflecte frequentemente uma vivência transmontana nos enredos e nos espaços de acção.
Utilizou ainda o pseudónimo Artur Cortez para assinar os policiais Morte no Tejo (1982), A Morte dos Anjos (1983) e A Morte do Artista (1984).
De Seis Mulheres na Madrugada transcrevem-se dois parágrafos:
"Por que contava tudo isso a outro homem, um desconhecido, deitada na cama? A parede desaparecera e agora via o mar, o violento mar da costa, eles sentados no paredão, os barcos a passar em fila, petroleiros e de pesca, ali mesmo à mão; bastava estenderem o braço e furavam as vagas enormes.
Nessa altura, ele pôs-lhe a mão no corpo; não se lembra se foi na perna, carne bastante dura, incólume depois de tantas violências. Sentiu isso, o homem, e resolveu beijá-la depois de lhe dizer o que ia fazer, e foi assim, sentindo os lábios, uma parte do seu corpo, do corpo de ambos, a mais desejada. Entre a cor dos olhos dela e a água quase não havia diferença. O mar estava particularmente triste, na tarde sobressaltada, e os círculos à volta dos olhos ficavam enquadrados na massa escura, misturando-se o verde do centro com os ténues revérberos de sol na água."
segunda-feira, 21 de julho de 2008
domingo, 20 de julho de 2008
ADOPTE UMA OLIVEIRA

"No âmbito do projecto TERRA OLEA, a Câmara Municipal de Mirandela levou a cabo a iniciativa “ADOPTE UMA OLIVEIRA”, cuja adesão massiva fez prolongar a distribuição das oliveiras. Para além da adesão dos mirandelenses, muitas foram as pessoas de todo o país que nos fizeram chegar através de um telefonema, ou e-mail, o seu pedido de uma oliveira.
Até à data registaram-se cerca de 300 pais adoptivos de oliveiras dos jardins da cidade e de oliveiras para plantar em jardins particulares.Uma vez que os pedidos continuam a chegar, a Câmara Municipal de Mirandela vai avançar novamente com esta iniciativa, desta vez com o nome “ADOPTE UMA OLIVEIRA 2” e com um novo formato. A campanha de adopção vai decorrer num único dia – 9 de Dezembro de 2007 das 9h30m às 12h30m, na Zona Verde da Ribeira de Carvalhais – e só será considerada válida se o candidato se apresentar pessoalmente, no que diz respeito às plantações, devido ao elevado número de pedidos registados, os pais adoptivos terão apenas 3 dias, a comunicar oportunamente, para levantar a oliveira, ficando a plantação à sua inteira responsabilidade.Esta acção que tem como finalidade, por um lado, aumentar o número de oliveiras no concelho e por outro, sensibilizar a população para a importância da oliveira como elemento da paisagem urbana, convidando todos a participar activamente na valorização do nosso património olivícola."
Adopte uma Oliveira 2 - Ficha de Adesão
Até à data registaram-se cerca de 300 pais adoptivos de oliveiras dos jardins da cidade e de oliveiras para plantar em jardins particulares.Uma vez que os pedidos continuam a chegar, a Câmara Municipal de Mirandela vai avançar novamente com esta iniciativa, desta vez com o nome “ADOPTE UMA OLIVEIRA 2” e com um novo formato. A campanha de adopção vai decorrer num único dia – 9 de Dezembro de 2007 das 9h30m às 12h30m, na Zona Verde da Ribeira de Carvalhais – e só será considerada válida se o candidato se apresentar pessoalmente, no que diz respeito às plantações, devido ao elevado número de pedidos registados, os pais adoptivos terão apenas 3 dias, a comunicar oportunamente, para levantar a oliveira, ficando a plantação à sua inteira responsabilidade.Esta acção que tem como finalidade, por um lado, aumentar o número de oliveiras no concelho e por outro, sensibilizar a população para a importância da oliveira como elemento da paisagem urbana, convidando todos a participar activamente na valorização do nosso património olivícola."
Adopte uma Oliveira 2 - Ficha de Adesão
(Ficheiro .pdf - 794 KB)
sábado, 19 de julho de 2008
Valpaços 1923
PATULEIA



(clique para ampliar)
"Cinco Cartas do Marechal Duque de Saldanha para a Historia da Patuleia", artigo de quatro páginas de Rui Chianca.
Ilustração, nº 113 de Setembro de 1930
Fonte: Blog ilustração portuguesa
terça-feira, 8 de julho de 2008
Em S. Leonardo de Galafura

20 de Março de 1988
Em S. Leonardo de Galafura
Aos meus netos
Mónica e Mário
Fui hoje de novo a Galafura
Neste primeiro dia de Primavera renovada:
Fui ver um risco metálico serpenteado
De águas paradas e sonolentas
Entre montes ansiosos
Gravados de luz e de sombras
Povoados e semeados
Dos encantos e desencantos
De lutas de Sísifos condenados
Ao sobe e desce eterno
Dum vaivém dia a dia recomeçado
Em frémitos de Titãs
De vidas comungadas
Que cios repetidos
Transformam por magia
Rudezas em ternuras
Sonhos em realidades.
Fui ver o Homem viril
Que a terra emprenhou;
Fui ver o Homem enamorado
Não perturbado pela Beleza
Que adormenta os sentidos;
Fui ver o Homem auto-predestinado
Não submisso ao Grandioso;
Fui ver o Homem rebelde
Não rendido ao supérfluo
Nem tão-pouco ao Sublime;
Fui ver mais uma vez
A eternidade da Vida
Motivo do meu cantar
Deste cantar que me subjugou
E ora me submete
Para sempre
No meu amor à Terra
No meu amor à Vida
Que não tem fim
E em tudo palpita.S
ubi a Galafura
Para ver e me embevecer
Não no “poema telúrico”
Que malabarismos poéticos delirantes
Imaginam e constroem com palavras;
Mas no poema de Amor
Do Homem pela Terra
Macho e fêmea
Em permanente mancebia.
Fui a Galafura
Para ver e me enlevar
Não na sinfonia incompleta
De uma “beleza eterna” sem sentido;
Mas no poema que vibra e se exalta
Na omnipotência do Homem
Ali presente
E em mil coitos fecundos gravada.
Fui ver e vi extasiado
Do Alto de Galafura
Neste primeiro dia de Primavera renovada
O Homem efémero na sua incomensurável grandeza
Estudante de Vida
Ardente de Amor.
Otílio Figueiredo
sábado, 5 de julho de 2008
GAITEIROS
WOK

Wok: Ritmo Avassalador
Neste espectáculo, o ritmo é o elemento predominante e é explorado de diversas formas e timbres, através de tambores tradicionais, da luta de paus e de coreografias inspiradas no imaginário tradicional português. A disposição dos instrumentos no palco e a sua exploração como adereços, a movimentação, a cor e as diversas ambiências sugeridas são alguns dos factores que tornam este espectáculo uma experiência inesperada. Concertos de Verão: Músicas do Mundo 2008.
ENTRADA GRATUITA
05-Jul Auditório Exterior 22:30
05-Jul Auditório Exterior 22:30
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