Mina de Jales
Na localidade de Campo de Jales, concelho de Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real, existiram umas minas de ouro, conhecidas por “Minas de Jales”.
A exploração destas minas, levada a cabo pelos romanos, iniciou-se em 1933.
Delas extraíu-se, essencialmente, ouro e prata, ocorrendo associado a filões de quartzo com sulfuretos tais como pirite, calcopirite, blenda e galena. A presença de outros minérios como estanho e volfrâmio foi registada na periferia do filão aurífero
Estas minas encontram-se desactivadas desde 1992.
Estas minas encontram-se desactivadas desde 1992.
Desde então, permaneceram as escombreiras a céu aberto, que prejudicaram seriamente a população e os terrenos, uma vez que continham materiais, nomeadamente, sulfuretos de Pb, Zn, Ag e Cu, altamente nocivos à saúde pública
Esta problemática ficou devidamente resolvida em 2002, quando se concluiu o Projecto de Recuperação Ambiental da Escombreira da Mina de Jales.
Esta problemática ficou devidamente resolvida em 2002, quando se concluiu o Projecto de Recuperação Ambiental da Escombreira da Mina de Jales.
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Das minas de Jales, junto a Quintã de Jales, Vila Pouca de Aguiar, eram extraídos essencialmente o ouro e a prata. Foram exploradas desde o tempo dos Romanos tendo sido desactivadas em 1992. A descida da cotação do ouro, a baixa produtividade e a degradação de equipamentos levaram a esse desfecho. A entrada para a mina era feita por este cavalete que manobrava dois elevadores no Poço de Santa Bárbara com 620 metros de profundidade. Esta estrutura (conhecida localmente como a Torre Eiffel de Jales) e a enorme (e altamente poluente) escombreira vizinha onde foram lançados os estéreis da mina (calcula-se que cerca de 5 milhões de toneladas) são tudo o que resta de uma das mais importantes estruturas mineiras de Portugal. Calcula-se que o filão ainda existente seja de grande importância tendo existido algumas manifestações de interesse na retoma da exploração por parte de empresas estrangeiras.
3 comentários:
Nasci e cresci na aldeia de Campo de Jales (Minas de Jales), o meu pai foi capataz geral dessa minas.
Há já alguns anos que parti.
Linda terra, boa gente e muitas saudades.
O meu avó morreu nessas minas. Depois de quase 60 anos de extracção a riqueza ficou para quem não era da terra. Ficaram os mortos no cemitério (silicose e acidentes) e as viúvas em casa. Foi fonte de miséria e morte. Ficou a terra envenenada e esventrada. Perigo eminente passivo e activo para os que ficaram. Malditas minas. Que nunca reabram.
Como concordo consigo. O meu avô q era lá mineiro morreu bastante novo com cancro do pulmão por causa das minas.
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