quinta-feira, 15 de maio de 2008

Mina de Jales


Mina de Jales

Na localidade de Campo de Jales, concelho de Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real, existiram umas minas de ouro, conhecidas por “Minas de Jales”.
A exploração destas minas, levada a cabo pelos romanos, iniciou-se em 1933.
Delas extraíu-se, essencialmente, ouro e prata, ocorrendo associado a filões de quartzo com sulfuretos tais como pirite, calcopirite, blenda e galena. A presença de outros minérios como estanho e volfrâmio foi registada na periferia do filão aurífero
Estas minas encontram-se desactivadas desde 1992.
Desde então, permaneceram as escombreiras a céu aberto, que prejudicaram seriamente a população e os terrenos, uma vez que continham materiais, nomeadamente, sulfuretos de Pb, Zn, Ag e Cu, altamente nocivos à saúde pública
Esta problemática ficou devidamente resolvida em 2002, quando se concluiu o Projecto de Recuperação Ambiental da Escombreira da Mina de Jales.


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Das minas de Jales, junto a Quintã de Jales, Vila Pouca de Aguiar, eram extraídos essencialmente o ouro e a prata. Foram exploradas desde o tempo dos Romanos tendo sido desactivadas em 1992. A descida da cotação do ouro, a baixa produtividade e a degradação de equipamentos levaram a esse desfecho. A entrada para a mina era feita por este cavalete que manobrava dois elevadores no Poço de Santa Bárbara com 620 metros de profundidade. Esta estrutura (conhecida localmente como a Torre Eiffel de Jales) e a enorme (e altamente poluente) escombreira vizinha onde foram lançados os estéreis da mina (calcula-se que cerca de 5 milhões de toneladas) são tudo o que resta de uma das mais importantes estruturas mineiras de Portugal. Calcula-se que o filão ainda existente seja de grande importância tendo existido algumas manifestações de interesse na retoma da exploração por parte de empresas estrangeiras.

3 comentários:

Anónimo disse...

Nasci e cresci na aldeia de Campo de Jales (Minas de Jales), o meu pai foi capataz geral dessa minas.

Há já alguns anos que parti.

Linda terra, boa gente e muitas saudades.

Anónimo disse...

O meu avó morreu nessas minas. Depois de quase 60 anos de extracção a riqueza ficou para quem não era da terra. Ficaram os mortos no cemitério (silicose e acidentes) e as viúvas em casa. Foi fonte de miséria e morte. Ficou a terra envenenada e esventrada. Perigo eminente passivo e activo para os que ficaram. Malditas minas. Que nunca reabram.

Unknown disse...

Como concordo consigo. O meu avô q era lá mineiro morreu bastante novo com cancro do pulmão por causa das minas.